Era outra vez Natal...
As luzes da cidade ofuscavam-lhe o olhar com tanto brilho...
Olhares que passavam por ele apressados...
E como a cidade fica bonita nessa época!
Seus olhos passeavam por toda ela..
Até aonde a vista conseguia alcançar...
Pessoas gastaram tempo, dinheiro e disposição pra deixá-la assim, tão bonita!
“Era tempo de paz”... E ele procurava tanto essa paz que todos falavam...
Mais quando voltava os olhos, eram os mesmo lugares!
As crianças ainda estavam perdidas na esquina...
Os meninos ainda pediam trocado no semáforo...
As moças ainda precisavam vender amor sem amar nada. (Nem a si mesmas!)
E ele; ah, ele ainda procurava saciar a fome, vestir roupas limpas,
Aprender a escrever lendo velhos jornais jogados...
O seu tempo já não era mais de um menino.. Seus cabelos brancos o denunciavam...
Outra vez, ele ia sentir cheiro de peru assado e sonhar com gosto de bolo de nozes e champanhe estourado em festa..
Em gritos de família feliz e reunida... “E era paz”, tempo de renascimento...
De união.. De perdão...
Enquanto escutava sons de risada, enquanto o último pedaço de pão lhe enganava o cheiro de assado, as estrelas pareciam misturar-se as luzes da cidade, “era paz”!
Como nos outros dias... Nas outras noites em que ele muitas das vezes adormecia de fome e cansaço... Engraçado, ele pensava.. Essa paz que todos falam não muda nada...
Todo ano!
E não muda nada...
É um conteúdo, aonde a mente humana anda por instinto. Aonde os dedos escrevem sem conceitos, sem regras. Não me classifique. Nem dê limites a minha Métrica. A poesia para mim, transcende o que escrevo... Corre nas minhas veias feito o vinho que bebo... Degustado, sápido... Porém; ardiloso... O absinto que me revive... (!) [Rahssi]
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Dos sentidos...
“Ela é uma moça de poses delicadas, sorrisos discretos e olhar misterioso. Ela tem cara de menina mimada, um quê de esquisitice, uma sensibilidade de flor, um jeito encantado de ser, um toque de intuição e um tom de doçura. Ela reflete lilás, um brilho de estrela, uma inquietude, uma solidão de artista e um ar sensato de cientista. Ela é intensa e tem mania de sentir por completo, de amar por completo e de ser por completo. Dentro dela tem um coração bobo, que é sempre capaz de amar e de acreditar outra vez. Ela tem aquele gosto doce de menina romântica e aquele gosto ácido de mulher moderna.”
Acho que ninguém mais conseguiria descrever tão bem minha alma... Dele, [Caio Fernando Abreu]
Acho que ninguém mais conseguiria descrever tão bem minha alma... Dele, [Caio Fernando Abreu]