Hoje; eu tenho versos e uma lua...
Que roubei da janela que dá pra rua
E que agora brilha demais aqui...
Ofusca minha memória e já nem sei o que escrevo
Os versos que tenho hoje, foram lidos na tua carne nua
Quando deitastes na cama que cheirava lavanda
E abristes um sorriso em perfeição, candura...
Beijou-me por horas, e por horas desejei-te mais ainda
Nem mesmo a euforia de ser a primeira das vezes;
me detinha, me impedia...
Desejo-te em palavras que se repetem,
Feito o vinho que aqui do lado desvela, desgela, destila...
Embriagando-me de seqüelas e restos de vontade minha.
Perco-me na intensidade do que escrevo,
Na saudade que transcrevo, nas metáforas que me arrisco...
Em rabiscos te deixo um tratado:
Tens em mim uma parte que é sua...
Tens também esses versos e uma lua, isso; é o meu legado.
Para que vejas todas as noites que sou sua...
E que me leias sempre... Que der vontade...
É um conteúdo, aonde a mente humana anda por instinto. Aonde os dedos escrevem sem conceitos, sem regras. Não me classifique. Nem dê limites a minha Métrica. A poesia para mim, transcende o que escrevo... Corre nas minhas veias feito o vinho que bebo... Degustado, sápido... Porém; ardiloso... O absinto que me revive... (!) [Rahssi]
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Dos sentidos...
“Ela é uma moça de poses delicadas, sorrisos discretos e olhar misterioso. Ela tem cara de menina mimada, um quê de esquisitice, uma sensibilidade de flor, um jeito encantado de ser, um toque de intuição e um tom de doçura. Ela reflete lilás, um brilho de estrela, uma inquietude, uma solidão de artista e um ar sensato de cientista. Ela é intensa e tem mania de sentir por completo, de amar por completo e de ser por completo. Dentro dela tem um coração bobo, que é sempre capaz de amar e de acreditar outra vez. Ela tem aquele gosto doce de menina romântica e aquele gosto ácido de mulher moderna.”
Acho que ninguém mais conseguiria descrever tão bem minha alma... Dele, [Caio Fernando Abreu]
Acho que ninguém mais conseguiria descrever tão bem minha alma... Dele, [Caio Fernando Abreu]